domingo, 19 de julho de 2009

A DISTÂNCIA DO TEMPO

Os Vedas, que datam de mais de 4.000 anos, são escritos em sânscrito, língua dos idiomas indo-europeus. Herdada do passado, que seria como uma língua universal, tal era a extensão que ela cobria, estando, por isso ligado às Civilizações Primeiras: Atlanta, Hiperborea! Para além de tudo isto, temos ainda em comum as Pirâmides do Egipto e as pirâmides dos Celtas e Mexicanas, a massa irradiante que as cobria. Fazendo-as brilhar ao Sol, assim como a cidade dourada da Atlântida, aquela maravilhosa Cidade Solar, ainda chorada pelos Egípcios, brilhava como de ouro puro fosse construída! E, quem sabe, se o tão procurado EL DORADO está relacionado com o grande continente que o Mar tragou? Ou será o Graal que todo o Mundo procurou?
Da sua boca apenas o bastante das palavras! Sons distantes, cheiro a pão, calor presente no frio, crepitar da lenha, aromas! A vida a correr como um rio. És de poucas palavras, pouco falas é teu jeito, aprendes-te a ser discreta, guardar tudo em teu peito. Guardas a dor presente, como quem guarda segredo, alegria contida no olhar, porque o riso te causa medo…Mulher, da vila plantada na ilha com o mar por cabeceira, o verde pinta teu dia, a noite tua companheira. Na noite, às vezes te querem, para o teu corpo usar, nada sentes, só repulsa que escondes por amar, ou será respeito apenas, destas coisas sabes pouco, ficas muda a tremer, quando o vinho o põe louco…-Mulher fria, burra e tonta, pareces mais um calhau, cheiras a terra esturricada, tens no rosto estampado o vazio de alma acabada…mas também como podia uma enjeitada como tu, dar qualquer coisa de jeito, a não ser estar sempre prenhe, sem que me dês grande consolo, por isso mais vale o vinho, ao menos fico risonho…Cinco filhos todos de deus, dura vida tão magoada dizem que todos têm alma, já não acreditas em nada. E partem todos para o mundo, dois partiram para sempre, três para longe imigraram, fiquei só em paz, finalmente. Mas paz é utopia na vida dos, mal amados, tal como tu na cruz, ficarei sempre calada, encobrindo toda a dor. Mas senhor diz-me, dá-me uma saída para meu contente…é que para sempre, é tanto, tanto…tempo…